Pedra devastadora
Do clipping da Andi
Uma das maiores pedras no caminho da reforma psiquiátrica brasileira é a mistura de cocaína com substâncias altamente tóxicas. O crack, que leva 15 segundos para chegar ao cérebro e provocar reações pelo corpo todo, transformou-se num desafio gigantesco para a rede pública de saúde mental. Pipocam, cada vez e com mais intensidade, casos de crianças e adolescentes, usuários preferenciais da droga, em unidades de atendimento. Os 101 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) existentes no Brasil destinados a cuidar de pessoas de até 17 anos, não têm estrutura para atender essa população, de quase 60 milhões de crianças e adolescentes. Já em clínicas psiquiátricas que trabalham com a internação para desintoxicar, os pequenos são ignorados. De acordo com o diretor do Hospital Psiquiátrico São Pedro, em Porto Alegre (RS), Gilberto Brofman, o Caps é a única unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) que atende, na saúde mental, meninos e meninas de seis a 12 anos. A incidência de dependentes de crack nos 10 leitos da unidade infantil da instituição é da ordem de 50%. Na ala dos adolescentes, chega a 90% o número de viciados na pedra.
Fonte: Correio Braziliense (DF) – 31/05/2009 (Acesse: www.andi.org.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário